Reflexão I

Finalmente férias!


Merecidas? Talvez não...
Culpa minha? Talvez sim, talvez não!
Então e agora? Bem, praia, festa e diversão!
Acho bem? Não, não acho nada bem, entristece me muito!

Mas o que hei-de fazer? Fechar-me em casa? Chorar? Bater em alguém? De verdade é mesmo isto que me apetece, bater tanto e com tanta força até se fazer perceber a raiva que sinto!

Merecia isto? Deus saberá, a justiça será feita!

"Se tu não avisas o injusto para que mude de comportamento, o injusto morrerá por causa da sua própria culpa, mas é a ti que Eu pedirei contas do seu sangue. Mas se avisares o injusto para que mude de comportamento, e ele não mudar, ele morrerá por causa da sua própria culpa, mas tu terás salva a tua vida." (Ezequiel 33, 8-9)

Sonhos, Ambições. Esperanças.

Um dia acordamos e reparamos que somos tão pequenos, tão incapazes... Pensamos que não vamos conseguir nada, que não somos nada!
Porquê as pessoas teimam em tornar pequenas as outras, as rebaixarem constantemente? Não entendem que todos somos pequenos. O que nos torna grandes são os nossos sonhos, que nos fazem sair da realidade, encher o peito de ar e dizer:"Sim, é claro que eu consigo!". Mas no sonho é como se estivéssemos numa bolha de sabão; e é então que alguém nos toca nela, e (Puff!) caímos de novo para a realidade, e de novo ficamos pequenos e sem forças.
Mas, há sonhos que por muito que se lute, parecem sempre tão irreais, tão impossíveis...
Um dia vou ter ainda mais força, prometo! Agora sinto-me muito fraca, a minha bola rompeu, caí...

Desabafo III

Ouço músicas...
Vejo filmes...
... e quando dou por mim estou a chorar!
Quem sou eu? Chorar? Eu já nem sabia chorar!
E porque choro?
Claro que é por ti...
E hoje tenho a certeza que tudo teve um fim!
Choro porque a nossa história não terminou como a do filme. Na vida real não existe um realizador a dizer "Corta!" e a repetir a cena! Na vida real é tudo ao vivo, não dá para voltar atrás e recomeçar!
Choro porque nunca mais vais tocar aquelas músicas para mim!
Nunca mais me vais abraçar enquanto eu tocava...
Nunca mais haverá passeios...
Nunca mais haverá conversas tontas...
Nunca mais haverá sorrisos inocentes...
Nunca mais haverá dedos entrelaçados, abraços apertados, beijos doces no meu rosto...
(...)
Dói-me o coração, a minha alma ficou vazia.
E choro quando olho para trás...


...mas sorrio quando olho para a frente!


A minha alma renasceu, o sorriso instalou-se, a felicidade é mais que muita.
E então as lágrimas que choro deixam de ser de tristeza, são de alegria!
Tudo não passava de meras recordações, passou...

... a realidade é que te amo, amo o meu presente!
[Amo-te D. C.]

Desabafo II

Quantas vezes dás por ti a olhar ar ao passado?
Quantas vezes dás por ti a olhar para fotos?
E todas as recordações voltam, e tu estás de novo a chorar... E será que vale a pena esta angústia constante quando se tem um presente feliz?
Porquê tudo não pode ser tão simples? Porquê tudo não é mais fácil? Mais fácil o quê? Perguntas tu. Mais fácil voltarmos ao que éramos antes? Mais fácil esquecermos o passado? Pois, nenhuma das opções é fácil, ambas parecem impossíveis!
E lá estou eu, parada no tempo, olhando para o estúpido ecrã do computador que teima em mostrar a tua foto... Porquê antes era tudo tão mais simples connosco? Tudo tão natural...
Teimosamente olhando o teu retrato recordo-me de todos os pequenos pormenores, o brilho dos teus olhos, o teu [antigo] sorriso, que para mim era tudo, era a minha vida, a minha felicidade, era a melhor coisa que me podias dar.
E não paro de chorar. Tudo é tão imperfeito à minha volta sem ti...
Mais recordações; sempre que saía do autocarro sabia que ia encontrar o teu maravilhoso sorriso a minha espera; quando nos sentávamos ao pé das piscinas; as longas conversas; os nossos almoços no H2O; a primeira vez que demos as mãos ao lado do ginásio, o nosso primeiro almoço; "Porquê é que o primeiro beijo custa sempre?" e pronto, beijaste-me, e a partir desse momento tudo mudou na minha vida! E as alianças? "Fábio" diz a minha...
Diz-me porquê esta criança estragou isso tudo? É que nem eu sei porquê...
"Lembro-me de ti mais vezes do que devia...!" Se não queres lembrar então porque lembras? Porquê não pões um ponto final a tudo como queres? Apaga tudo da tua memória!

É verdade... Nem sempre as coisas são como queremos...

Desabafo I

Cansada da vida pouso a cabeça, pronta para mais uma invasão de pensamentos e frustrações. Porquê?
Já nem sei quem foste, não encontro sequer motivos para a tua existência. Não percebo a razão porque possuíste a minha alma! Encho os pulmões, rasgo a garganta com um grito mudo, o meu coração pára!
Fechaste a porta na minha cara, trancando-a! A chave? Perdeste-a! Deves ter deixado no mesmo sítio onde deixaste aquilo que eras. E eu já não te reconheço. Sinto saudades de tudo, desfaço-me em lágrimas! Onde estás? Onde está aquela felicidade? Aquele sorriso que eu só fazia ao teu lado?
Negas o que sentes fingindo ser outra pessoa! Encontraste o amor? Não! Encontraste estabilidade, porque amor só se sente uma vez, e infelizmente foi por mim... Quero-te aqui, um último abraço, um último beijo... Depois diz que não me amas, que não me queres, vai-te embora de vez! Claro, depois disso não vais conseguir.
Parva!
Levanto a cabeça, ligo a luz. Tudo está mais realista agora. Sim, é verdade, tu não me amas mesmo, nunca amaste! Voltar para mim? Que parvoíce! Eu é que não volto para ti nunca mais! Voltar para uma pessoa que não conheço é impossível!
Esta ferida nunca, nunca vai sarar!

Odeio-me por não parar de te amar!

Choro...
Por ti?
Não...
Por nós!
Recordações,
Felicidade passada,
Solidão futura,
Tarde de mais...
Loucamente te quero,
Conscientemente impossivel...

Tarde de mais
Se toma noção da realidade!
Tarde para o passado,
Mas,
A tempo do presente!

Queda!

A um passo do precipício,
A dúvida reina...
Lembro-me de ti,
Dos teus beijos,
Do gosto da tua língua,
Da tua respiração no meu pescoço,
Vou saltar!
Não!
Os meus amigos,
Todos os sorrisos,
Toda a alegria!
Vou saltar!
E sem chão me deixaste,
A cair vertiginosamente
Neste mar escuro!
Ai! Como dói este vazio,
Já não tenho mais forças,
Vou deixar-me cair...

Existes!
Sim!
Não és um sonho!
És uma miragem real.
Aproximas-te,
Entraste...
Estou feliz,
Sinto-me completa,
Quero-te!

Amo-te!

Que tristeza esta
Que se alimenta da minha alma,
Alastrando-se por todo o coração!
Incontrolável medo
Que desbasta toda a felicidade!
Para quê viver?
Sem carinho,
Sem um ombro,
Ao qual me possa encostar,
Sem um abraço forte
Que me proteja!
Braço esse que me puxaria
Até a superfície deste lago negro
Que a minha vida se tornou.
Choro ódio,
Pois as lágrimas secaram,
E é neste vazio deserto
Que me encontro,
Ou me desencontro da felicidade!
Ai! Dor esta
Que me consome!
Afinal por que porto
É que pára a felicidade?

Que raiva esta!
Será que posso fazer
Com que o Mundo expluda?
É tarde e estou só,
E é só que vou ficar!
E assim é que estou bem!
Amor?
O que é isso?
Não sei,
Mas tenho raiva de quem sabe!
Que monstro é este?
Em que monstro me estou a tornar?
Porquê?
É a isto que chamam vida?
E a felicidade o que é?
Tanta pergunta,
Nenhuma resposta!
Já nem chorar sei,
Que se passa comigo?
Simplesmente perdi-me,
Já nem me reconheço...

Diferente!

Ser diferente não é mau,
É um dom!
Pois, quem é diferente
É único!
É bom ser diferente!
É bom não chorar!
O que está dentro,
Dentro deve ficar.
Nunca é bom revelar,
Remexer no interior.
O que passou, passou!
O que virá, que venha!
A bravura do herói
Fá-lo enfrentar o Mundo!
Afinal o Mundo não é assim tão grande,
Comparado com a minha dor...

Muitos sábios dizem que o amor
É o sentimento mais eterno que existe.
Pois esses sábios nunca sentiram a dor,
Quando esse sentimento persiste!

Dizem que o amor é fogo que arde sem se ver,
Mas o fogo queima as mão miseráveis
De quem tem um coração de pedra
E que dentro dele nada há-de caber!

Triste é quem não sente,
Quem sente e não quer sentir,
Quem não sente e quer sentir,
Pois o amor queima mesmo
Evaporando todas as lágrimas
Rasgando a garganta com gritos de raiva...

Desabrocha a flor que há dentro de mim,
Enche as pétalas de cor
Faz com que o Sol me ilumine
E que o vento sopre sempre para o mesmo lado!

Estes pingos frios de chuva
Que caem sobre as minhas pétalas
Refrescam o meu rosto
Caindo eu para a realidade!

Cruel e duro é este Mundo,
Porquê pisam as flores?
Esmagando-lhes o coração
Tirando-lhes o brilho de alegria do olhar...

Porquê o céu não é amarelo?
Porquê as estrelas não são rosa?
Porquê não temos tudo o que desejamos?
Porque a vida é mesmo assim...

Um dia,
Todo o nevoeiro vai desaparecer,
E o Sol vai entrando.
Iluminará todo o teu esplendor,
E verás de novo o céu
Repleto de estrelas
Que cintilam como pirilampos!
Serás feliz!

Houve algum dia nevoeiro?
Pois, não sabes,
É bom sinal, sinal de Deus,
Sinal que encontraste
Aquele mar de felicidade
Que está dentro do coração de cada ser.
Ser ingénuo
Que não vê que tudo à sua volta
É simplesmente uma ilusão
Aos olhos de quem não encara
Com frieza a vida!
Serás feliz?

O início!

Já escrevo estes poemas e texto há algum tempo, mas só agora os decidi partilhar com alguém...
Porquê só agora?
Porque só agora é que sinto necessidade de me "livrar" deles.
Aqui ficam alguns deles, espero que gostem, e comentem!